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sexta-feira, 16 de junho de 2017

IDEOLOGIA

por Antonio Caprio





Está em moda a questão da ideologia. Nosso dicionário nos informa que ideologia é a ‘ciência da formação das ideias’. Anthony Downs, em seu livro ‘Uma Teoria Econômica da Democracia’ p.117, nos ensina que pode ser definida ideologia como uma imagem verbal da boa sociedade e dos principais meios de construir esta sociedade’.

No campo da Ciência Política a ideologia é vista como meio utilizado pelo poder político para alcançar seus objetivos e metas. O que atua  como força total na busca deste poder é o ‘princípio da incerteza’ empregada pelos partidos políticos para cooptar o voto do eleitor, incauto ou não. Esta incerteza leva o eleitor a votar por uma ideia proposta apostando em sua validade, mesmo que esta validade seja verdade  apenas para o partido e, por conseguinte, para os detentores do poder político que aqui chamamos de Governo.

Ainda segundo Downs, para ganhar votos, todos os partidos são forçados, pela competição, a ser relativamente honestos e responsáveis em relação tanto às políticas públicas quanto às ideologias. As discrepâncias e desencontros ideológicos pode levar um partido a perder o Governo e o entregar de bandeja à oposição.

Já no sentido amplo, ideologia é aquilo que é ou seria um ideal, objeto de nossa mais alta aspiração, o modelo sonhado ou identificado como perfeito e ai entram os pensamentos, as doutrinas, as visões do mundo, tanto pessoais como grupais voltando-se para o campo social e mesmo políticas. Expoentes como Kar Marx e Antoine Destutt de Tracy trabalharam o termo ideologia de forma ampla, chegando a dominar, com razoável profundidade, a classe social dominante em grande parte do mundo. Na Itália tivemos a ideologia fascista, na Rússia a ideologia comunista, na Grécia Antiga a ideologia democrática, na Europa a ideologia burguesa defendendo o lucro e o acúmulo de riquezas e linhas conservadoras, anarquistas e nacionalistas varreram nossa sociedade com vestígios fortes até hoje.

Modernamente a ideologia da ausência de gênero assume interessantes níveis definindo que a ideia da sexualidade humana faça parte de construções sociais e culturais – papéis de gênero - e não mais como fator biológico. Entende esta linha que o ser humano nasce neutro e, ao longo da vida, tem o direito de escolher o seu gênero sexual. É a ideologia da ausência de sexo. Entende que existem ‘outros gêneros além do tradicional masculino e feminino. Alguns estendem este entendimento quanto à questão religiosa, ficando o batismo e a crisma cristã no mesmo patamar. Hegel pregava a ideologia como uma forma de separação da consciência em relação a si mesma.

A socióloga alemã Gabriele Kuby afirma que a ideologia de gênero é “a mais radical rebelião contra Deus que é possível: o ser humano não aceita que é criado homem e mulher, e por isso diz: Eu decido! Esta é a minha liberdade”. Bento XVI, em dezembro de 2012, declarou, numa fala à Cúria Romana, que o uso do termo ‘gênero’ pressupõe uma nova filosofia da sexualidade. A ideia da ideologia de gênero nega que a Natureza tenha dado ao homem sua identidade corporal, a qual lhe serve como elemento definidor do ser humano. Nela a sua natureza e decide que o gênero (jurídico e social) não é algo que lhes foi dado previamente, mas que é algo que eles próprios podem construir e conquistar.


Coisas dos tempos modernos. Coisas da Filosofia. Coisas nossas.

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