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quarta-feira, 3 de junho de 2015

A Armênia, sua história e o genocídio

A Armênia é um país localizado numa região montanhosa da Eurásia entre o Mar Negro e o mar Cáspio ao sul do Cáucaso. A capital é Yerevan e suas principais cidades são Vanadzor, Eravan e Gyumri, ostentando onze províncias. Sua população hoje é de 3,3 milhões de moradores sendo 97,9% armênios, 1,3% ráziges, 05% russos e o restante 1,3% assírios, ucranianos, gregos, judeus e curdos. Divisa com a Turquia, Azerbaijão e Irão.

A Armênia foi o primeiro estado a declarar o Cristianismo em 301 como religião oficial. É uma democracia emergente hoje e alcançou sua independência em 1991. No Brasil a colônia armênia é grande e tem representantes como Aracy Balabanian e Stepan Nercessian na área artística, Cher, atriz e cantora, Arshile Gorky na pintura, e Alan Proust piloto de fórmula 1 bem como muitos outros.

A Armênia tem sua história registrada desde a pré-história fazendo parte do suposto Jardim do Éden Bíblico. Seu nome primitivo era Haik e tem registros de 515 a. C, na Pérsia antiga. É citada por Heródoto em 440 a. C. Entre 428 e 636 a Armênia emergiu como Emirado da Armênia (Império Árabe) passando por várias crises e em 1908 com a criação com a criação do Comitê União e Progresso parecia ter um futuro garantido quando em 1914 um pacote de medidas arbitrárias foi adotada pelos “Jovens Turcos” e se iniciou duro período de massacre e deportação de sua população. Milhares de pessoas foram mortas e seus bens apropriados pelo governo. Estima-se cerca de 1,5 milhão de mortos ao que se denominou “ genocídio Armênio” A data da eclosão da perseguição de forma oficial foi fixada em 24 de abril de 1915 quando foram executados 250 intelectuais e líderes armênios, perseguição essa que aconteceu até 1923. Com a finalização da I Guerra Mundial a Armênia foi anexada à Rússia bolchevista juntamente com a Geórgia e o Azerbaijão.

Com a morte de Lênin, Stalin iniciou forte perseguição aos armênios. Morto Stalin em 1953 assumiu o poder Nikita Kruschev e as coisas começaram, de novo a se equilibrar. A Igreja foi restaurada por um trabalho realizado por Vasket I (1955). Em 1987 é construído em Erevã um memorial aos mortos nas colinas de Tsitsernakaberd. A Glasnot e a Perestroika abriram caminhos para a paz tão sonhada. Violento terremoto assola a região em 1988 chegando a 7,2 na escala Ristcher. O povo estava acostumado a sofrimentos e este foi mais uma prova por que tiveram de passar.

Como tudo tem seus ciclos, em 23 de agosto de 1991 o país reassume sua independência plena com a fragmentação da URSS. Novamente um conflito, a guerra de Karabaski, em 1993 abala as estruturas desse povo que jamais desiste. Superada a crise a Armênia reafirma seus propósitos e parte para a busca de sua reorganização nacional. No final século XX a Armênia era parte do Império Otomano juntamente com a Turquia, o Iraque e a Palestina.

No século XXI a Armênia mantém relações diplomáticas e comerciais com a Europa, Oriente Médio e Comunidade dos Estados Independentes visando aumento de suas relações comerciais, o que tem conseguido, ocupando hoje o 87º lugar em qualidade de vida entre 187 países pesquisados. Relembra em 2015 o centenário do Genocídio que foi reconhecido pelo Papa Francisco neste mês de abril de 2015, afirmando que “ o Genocídio Armênio foi o primeiro do Século XX”. A Turquia reagiu ao comentário alegando que as mortes só ocorreram por questões próprias da I Guerra Mundial, pela guerra civil, fome e doenças bem como o fato não foi reconhecido por um tribunal internacional. Mais de vinte (20) países, entre os quais a Argentina, Itália e França o genocídio é histórico e fato concreto. O Brasil, os Estados Unidos e vários outros países não aceitam (ainda) esta tese. O assunto está sendo tratado em vários pelas embaixadas armênias e em várias cidades do país.

A Romênia busca seu direito e mais ainda busca fazer com que a Humanidade não mais repita estes erros que, infelizmente, constam de nossa História Mundial. A paz, é o objetivo.