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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CENTO E VINTE E CINCO ANOS DEPOIS




O Brasil comemora no dia 15 de novembro de 2014 exatos 125 anos da proclamação da República. No dia 15 de novembro de 1889, um levante politico-militar deu fim ao II Império Brasileiro dirigido até então por D.Pedro II com quase 50 anos de poder e dando início à República Federativa Presidencialista Brasileira. Assumem o Marechal Deodoro da Fonseca como Presidente e como vice o Mal Floriano Peixoto, cujo breve mandato gerou enormes problemas de ordem interna, tanto na área política como na própria condução do governo. Até hoje a República cambaleia tentando manter a rota de liberdade constitucional e política. 


O ministério foi composto dos senhores Benjamim Constant, Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Salles, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos pertencentes à Maçonaria e alguns do movimento positivista de Conte.

Os fatos que antecederam à proclamação da República, que acabou sendo acelerada e praticamente improvisada, calcaram-se na questão da sucessão de Pedro II, sem filhos homens e com sua filha Isabel casada com um francês, sendo essa a razão mais preocupante entre os brasileiros. O Brasil tomou empréstimo de 3.000.000 de libras esterlinas que em 1889 chegavam a 20.000.000 numa inflação elevadíssima de 1,79% ao ano. A abolição do tráfico de negros em 1850 e a Lei Áurea em 1888 extinguindo de vez a escravidão foram duros golpes na Monarquia já combalida. A Igreja travou duras quedas de braço em razão da não aceitação das resoluções do Papa pelo governo brasileiro e com a Maçonaria. Somou-se a isso tudo a questão militar, onde eram grandes as divergências entre os líderes comandantes com graves crises abertas entre os monarquistas, republicanos e positivistas. O ambiente dia 14 de novembro de 1889 era de caos total, onde as ordens se chocavam e tudo parecia caminhar para uma guerra entre os participantes do movimento e as forças reacionárias brasileiras.

A desobediência civil já se disseminava entre os moradores do Rio de Janeiro, a capital e o interior. Os grandes barões do café se rebelaram e os negros participantes da Guerra do Paraguai, a quem foi prometida alforria em geral e não recebendo o benefício, se juntaram aos dissidentes e o caos explodiu na madrugada de 15 de novembro de 1889.

O último gabinete imperial dirigido por Afonso Celso de Assis Figueiroa capitulou e vários ministros debandaram em favor dos republicanos liderados por Deodoro da Fonseca, que apesar de doente, assumiu o comando das tropas e destituiu Pedro II declarando instituída a República Federativa e Presidencialista do Brasil. A família imperial foi colocada em um navio e exilada, visto que os republicanos temiam pela revolta do povo em favor do Imperador. 

Proclamada a República os proclamadores não sabiam bem o que fazer. Preparam-se para embates políticos e não para exercer o governo, e isto acabou gerando graves conflitos, em especial entre Deodoro e Floriano que acabou assumindo o governo poucos meses depois. Desde 15 de novembro de 1889, a República Brasileira cambaleia e depois de um grande número de constituições, golpes e traições, hoje, 125 anos depois, tenta caminhar rumo à democracia de fato e de direito.