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sábado, 24 de dezembro de 2011

POR QUE SERÁ QUE AS COISAS ACONTECEM ?



O PÊNDULO DE FOUCAULT 

            A Igreja, mentora e depositária do conhecimento humano até bem pouco tempo, historicamente falando, sustentava que a Terra era o centro do Universo. O planeta azul era a jóia central da Criação e tudo girava em torno dele. Os astrônomos a serviço da Igreja admitiam a tese geocêntrica, indo de encontro à tese de Cláudio Ptolomeu, publicada em seu livro ‘Almagesto’, no século II, com treze volumes. Tais idéias eram seguidas por Platão e Aristóteles no século IV a.C. Ainda o século IV, Filolau de Crotona ensinava que a Terra girava em torno de seu eixo imaginário, no que era apoiado por Heráclides e Nicetas, bem como Aristarco de Samos, expoentes da filosofia e da nascente astronomia.
Nicolau Copérnico (1473-1543), nascido em 19 de fevereiro  em Torum, Polônia, lança o livro “ De revolutionibus orbium coelestiuym ”– Sobre as revoluções das esferas celestes – que foi publicado em 1543, no mesmo ano de sua morte. Escapou da Inquisição com este procedimento. Tycho Brahe (1546-1601), astrônomo dinamarquês revolucionou o mundo da astronomia e, a cada dia, o assunto escapava das mãos inquisitoriais para ganhar foros de ciência livre.
René Descartes, nascido em 31 de março de 1596, em La Haye, França e morto em 11 de fevereiro (1596-1650) fez pesquisas sobre a rotação da Terra, mas não tirou conclusões reais. Fugiu das perseguições da Inquisição.
Johannes Kepler (1571-1630) foi auxiliar de Brahe, sendo o criador de  leis  físicas que são atualmente usadas pela NASA e relacionadas às viagens espaciais.  Definiu e comprovou a órbita elíptica (e não circular) dos planetas e isto revolucionou o mundo da astronomia e da física. Isaac Newton, nascido em  Woolsthorpe, Inglaterra, em 25 de dezembro de 1642( quando morria Galileu), comprova a leis de Kepler. Cria o cálculo infinitesimal para comprovar suas teorias. (também criado por Leibnitz simultaneamente). Era modesto, afirmando que “ se enxerguei além dos outros é porque estava no ombro de gigantes”, se referindo a Descartes, Keppler e Galileu).
            Suas descobertas comprovaram que a Terra girava em torno de um eixo imaginário e orbitava ao redor do Sol. Entendia que objetos em queda mostrariam desvio sistemático para leste da vertical indicando a rotação da Terra. Esta proposta era teórica e não conseguiu ele comprová-la. Galileu  Galilei chegou próximo disso um século mais tarde( 1700) e  é condenado pela mesma razão. Descobriu em 7 de janeiro de 1610 os satélites de Júpiter, com seu recém criado telescópio. Foi o primeiro cientista a estudar o pêndulo (criou relógios precisos com este mecanismo).
  Outros cientistas como Giambattista Guglielmini (1764-1817), Johann Friederich Benzenberg (1777-1846), Hoinrich Olbers (1758-1840), Carl Friedrich Gauss (1777-1855), Pierre-Simon de Laplace (1749-1827) se aproximaram desta prova, sem, contudo, alcançarem êxito. A comprovação do movimento de rotação da Terra parecia simples nos cálculos matemáticos, mas na prática, isto se mostrava impossível.
Esta comprovação só viria a acontecer no ano de 1871. As teses sustentavam que a Terra girava, mas não havia provas disso. Os conhecimentos se acumulavam no transcorrer do século XVIII. Prova cabal da rotação da Terra, nenhuma.
            A humanidade evolui através de luzes que nascem sobre a superfície do planeta em seus mais variados pontos. A grande maioria alça vôo alto e todo o planeta percebe sua presença e se beneficia de seu conhecimento. Assim é em todos os campos do saber humano. A Igreja estava perdendo a batalha com sua velha bandeira da ignorância e  agora se mostrava aberta a possíveis e emergentes mudanças. O Século XIX seria o palco das grandes mudanças no campo da astronomia e outras áreas.
             James Watt (1736-1819) desenvolve  a máquina a vapor (1761) que viria mudar o contexto mundial das ciências. Aperfeiçoa trabalho de Thomas Newcomen (1663-1729). Henry Bassemer (1813-1898) inventa o aço, fazendo florescer a produção de máquinas e armas. Marc Brunet (1769-1849) cria o torno, esculpindo o aço e outros produtos. Michael Faraday (1791-1867) estabelece os princípios da indução eletromagnética fazendo nascer a energia elétrica, conhecimento que fez o mundo mudar a partir de 1900. Em 1837, William Cooke (1806-1879) e Charles Wheatstone (1802-1875, no Reino Unido, criam o telégrafo com cinco agulhas. Em 1845, Allen B.Wilson (1824-1888) cria a máquina de costura, que revolucionou a indústria de confecções. O leque de conquistas fez o mundo mudar de forma ampla a partir de 1800 sendo considerado o ano do nascimento da evolução real da humanidade.
              Jean Bernard Leon Foucault , nascido em Paris no dia 18 de setembro de 1819,  descobre mecanismo para medir a rotação da Terra em 06 de janeiro de 1851. Tinha 32 anos de idade. Não tinha mais, neste tempo, o peso da Inquisição a impedir a evolução do conhecimento.  O Século XIX seria o palco das grandes mudanças no campo da astronomia e outras áreas. Os cientistas que morreram por desejarem ensinar ao homem os segredos dos movimentos da Terra e outros astros  tiveram seus sonhos tornados realidade. O velho pêndulo de Galilei voltava em cena, e desta vez como o instrumento maior da prova da rotação da Terra.
 No dia 3 de fevereiro de 1851. Foucault expos um enorme pêndulo preso a uma longa linha ao ponto mais alto da torre do observatório. No chão, um enorme tecido branco que iria registrar os movimentos do pêndulo livre de todas as interferências mecânicas do local. Exibição foi pública ao mundo científico da época.  O local  a Sala do Meridiano (Salle Cassini), Observatório de Paris. O Pêndulo funcionou maravilhosamente e comprovou, de forma clara e simples,  o movimento de rotação da Terra. O mundo científico da época se curvou à demonstração de Foucault. Galileu tinha razão quando afirmou frente a seus algozes:  que ela se move, isto se move.
              Foucault foi reconhecido como Doutor em ciências pelos estudos da velocidade da luz no ar e na água. Teve vários trabalhos reconhecidos na área da física, dentre eles o giroscópio. Em 1862 recebeu o título de Oficial da Legião de Hora da Academia de Ciências da França. Em 1867 começam sinais de sua debilidade física. Em 11 de fevereiro de 1868, aos 49 anos, morre.
              Foucault foi contemporâneo de vários cientistas que se destacaram nas várias áreas do conhecimento humano como Giovanni Domenico Cassini (1625-1712), François Arago (1756-1853) responsável pela medição do Meridiano de Paris, Adriem M.Legendre (1752-1833) Gaspard Monge (1746-1818), Jean-Baptiste Biot (1774-1862), Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850), Pierre Mechain (1744-1804), Gaspard-Gustave Coriolis (1792-1843, descobridor do Efeito Coriolis, coadjuvante nas pesquisas de Foucault. O grande protetor de Foucault foi o Imperador Luis Napoleão Bonaparte III.
               O triunfo de Foucault foi o triunfo da mente humana. É uma vitória total do conhecimento contra a ignorância. Seu nome foi perpetuado de várias formas, inclusive em cratera na Lua, denominada Cratera Léon Foucault.
            É assim que as coisas acontecem. Elas simplesmente acontecem. Pode se matar quem tem idéias, mas matar idéias é impossível. As idéias germinam e mais fortes ainda quando são combatidas.
            Este o retrato de como as coisas acontecem. E acontecem...
            Por que será?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O BRASIL E A VIDA DE SEUS GOVERNANTES


       
        “O crime é um ensinamento e um incitamento para outro crime”, publicava o ‘Jornal do Commércio’ em 6 de novembro de 1897. Atentado é a ‘tentativa ou execução de crime; ofensa às leis ou à moral’, diz o dicionário. Este termo começou a ser usado quando Pedro II se tornou no primeiro mandatário brasileiro a sofrer ação contra sua vida, fato que se deu em 15 de julho de 1889, ao sair de um teatro no Rio de Janeiro. O Imperador interferiu para que o acusado do atentado, Adriano Augusto do Valle, um caixeiro português desempregado, fosse libertado.
            O marechal Deodoro da Fonseca ‘resolveu’ proclamar a República em 15 de novembro de 1889, que a História chama de 'República da Espada'. Os custos foram e ainda são altíssimos. Os quase cinquenta anos de existência do II Reinado (1840-1889) foram jogados no lixo. O crescente parlamentarismo, instituído em 1847, foi abandonado e, desde então, os brasileiros não experimentam a tão almejada e sempre distante paz política. A República veio sem respaldo popular. Carlos Gomes foi indicado por Deodoro a compor um hino para a República. Por se negar a fazê-lo, foi afastado de toda a vida pública e condenado ao ostracismo.
        Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto eram monarquistas que, de última hora, se converteram em republicanos. Não havia entre os dois nenhum tipo de relacionamento cordial, pelo contrário. No dia 25 de fevereiro de 1891, em razão da organização política da República, declarada inicialmente provisória, o Congresso reconheceu Deodoro como Presidente com 129 votos. Floriano, que concorreu na chapa de Prudente de Morais como vice teve 153 votos. Isto os deixou em estado de guerra constante.
            É bom lembrar que Deodoro estava doente e na cama quando a República foi instituída e, da cama, coordenou seus poucos meses de governo, morrendo em agosto de 1892. A República nasceu, desta forma, doente. O ambiente no ministério, em 1890, era de tal forma agressivo que, Deodoro, desafiou seu ministro da guerra, Benjamim Constant, para um duelo.
Deodoro em 3 de novembro de 1891 fecha o Congresso e acaba deposto em 23 de novembro pelo almirante Custódio de Melo. Deodoro morreu dois anos depois dando baixa do Exército e exigiu ser enterrado em trajes civis. Dom Pedro II, na França, deveria estar feliz com o que acontecia no Brasil. Os tão capacitados que o derrubaram do poder agora não sabiam o que fazer com ele.
            Em 1891 assume o vice marechal Floriano Peixoto, governando até o final como ‘Vice presidente em exercício’. Foi chamado de ‘o Marechal de Ferro’ pela forma como governou por três anos, usando a força a quem ousasse a se opor às suas ordens. Escritores como Euclides da Cunha, Lima Barreto e outros publicavam seus escritos condenando o sistema adotado pela “República”. Qualquer um podia prender e mandar para a prisão os ‘contrários’. Os opositores a Floriano foram presos e expatriados sem o direito de defesa, inclusive o poeta Olavo Bilac, solto quatro meses depois e expulso do Rio de Janeiro. Crescentes movimentos pipocaram pelo país contra Floriano, em especial a Revolução Federalista no sul do país e a Revolta Armada, no Rio de Janeiro. Homens bons e cidadãos honestos, por serem contrários à República, eram lançados na prisão, criando-se a partir daí uma nova figura jurídica no Brasil: inimigos da República. Os porões da jovem e já combalida República se enchiam de barões, generais, almirantes , advogados e pessoas do povo.
            Floriano acabou por fazer um governo desastroso. A política financeira de seu ministro Rui Barbosa fez o país mergulhar no caos. A situação dos republicanos antigos se tornou inviável e em 1894 é eleito o primeiro presidente civil da república velha, o senhor Prudente de Moraes, em 15 de novembro de 1894, ficando o Brasil, a partir de então, sob o governo dos latifundiários, sustentadores do Império. O povo,nas ruas, dizia: Prudente Demais, se tornara num Floriano civil e o consolidador da República Oligárquica. 
           O povo, porém, não aceitava seu novo presidente, considerado pusilânime por grande parte da classe política. Floriano, curtindo sua aposentadoria, articulava contra o novo mandatário brasileiro para impedir sua posse. Prudente, foi o segundo mandatário a sofrer um atentado, ocorrido em 5 de novembro,quando um soldado de nome Marcelino Bispo de Melo, fez um disparo de garrucha contra o Prudente de Morais, falhando outros 5 tiros. Em sua defesa, morreu a facadas o ministro da Guerra Carlos Bittencourt.
        Em razão de tais fatos, Prudente de Morais endureceu seu governo com fortes retaliações a civis e militares, acabando seu mandato em novembro de 1898 com forte crise institucional no país. Na época, jornal do Rio de Janeiro estampou manchado: “O crime político está, enfim, implantado nos costumes brasileiros”.
              Em 8 de setembro de 1915, José Gomes Pinheiro Machado, conhecido nacionalmente como Pinheiro Machado, era um dos nomes com mais poder no Brasil. Era senador gaúcho. Fazia frente a todos os políticos brasileiros e, pleiteava a presidência do país. No saguão de um hotel do Rio de Janeiro, foi assassinado com uma facada pelas costas por Francisco Manso de Paiva. Novamente o caminho do atentado passa a figurar na história brasileira e a decidir sobre a vida de alguns brasileiros.
          Artur Bernardes assumiu a presidência em novembro de 1922. Com forte rejeição popular e até nos meios militares, enclausurou-se no palácio de onde raramente saia, e sob forte escolta. Terminou o mandato sem ser visto pelo povo. Este, um mandato que, à sobra dos atentados, se consolidou, apesar de outra forma.
            No dia 29 de outubro de 1929 a Bolsa de Nova York quebrou. Isto provocou crise em todo o mundo econômico e o Brasil não ficou de fora, enfraquecendo, de forma profunda, a máquina política e eleitoral de Washington Luís. Objetivando as eleições de 1929, candidataram-se Getúlio Vargas, como presidente, pelo sul e João Pessoa, como vice, pela Paraíba. A chapa de oposição era liderada por Júlio Prestes de Albuquerque. As eleições aconteceram em 01 de março de 1930, e o Congresso deu como vencedor Julio com um milhão de votos e Getúlio com 700 mil votos, saindo Prestes como vencedor e com posse prevista para novembro.
  O Vice de Getúlio, João Pessoa de Albuquerque, é assassinado numa confeitaria, em Recife, no dia 26 de junho de 1930. Outra vez a figura do atentado político move as pedras no interessante e confuso jogo da república. Este foi o pretexto usado pelos revolucionários de 30, e por um monumental movimento militar e civil, assume o comando do país, Getúlio Vargas, terminando com a República Velha. Surge um novo ditador e se inaugura no país um novo regime. Nesta linha de tempo, de 1889 a 1930, o Brasil passou por inúmeros golpes, revoltas, contestações, usurpações do poder, corrupção de várias formas e a República de Deodoro e Floriano não encontra paz. Parece que a ‘praga’ de Pedro II existe mesmo.
Washington Luís foi banido do território nacional dois dias depois, só retornando ao país em 1947. Prestes também foi exilado só retornando ao país em 1934.
Getúlio tomou posse em 3 de novembro de 1930, ‘provisoriamente’.  Com a promulgação da nova Constituição em julho de 1934, foi aclamado, oficialmente pela Assembléia, como presidente. Em seu discurso prometeu atuar ‘sem violência’, o que nunca aconteceu.
Em 1937, por um novo golpe, instalava o ‘Estado Novo’. Era um novo golpe dentro do golpe de 1934. O culto à sua personalidade caminhou pelas linhas do fascismo. Afastou e aniquilou figuras de notória aceitação popular, social e intelectual. Seu governo é reconhecido como autor de grandes conquistas e evolução trabalhista, social e cultural, mas peca por inúmeros acontecimentos que minaram seu governo e suas ações. Inúmeras foram as ações contra seu governo, todas sufocadas com aniquilamento sob todos os aspectos dos opositores. Governou o Brasil com mãos de ferro, com uma longa lista de mortos, torturados e exilados políticos e não políticos, até ser deposto em 1945. O país foi presidido por Eurico Gaspar Dutra de 1946 a 1951.
Como caso único no mundo político, Getúlio Vargas é reeleito pelo voto popular em 1950, governando da mesma forma e com mais pressão política até 24 de agosto de 1954, quando morre com um tiro no peito. De novo, a figura do atentado volta à cena.
De 1956 a 1961 governou o país o mineiro Juscelino Kubitschek. O atentado rondava a vida palaciana. Juscelino governou enfrentando uma avalanche de protestos, de oposição e de críticas, tendo sido, inclusive, exilado do país em 1964. Estava em pleno vigor a célebre ‘Operação Condor’ e o presidente JK acabou sendo morto em acidente de carro, na Via Dutra, quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro na tarde de 22 de agosto de 1976. As evidências de eliminação dos inimigos das ditaduras latino-americanas parecia fazer o condor voar baixo. Apesar de várias tentativas de se elucidar o acidente, nunca se conseguiu chegar a uma informação exata. O atentado agora era executado sob a sombra de vários ex-poderosos fora do poder, inclusive forças internacionais.
Em meio a enormes crises sociais e políticas elege-se Jânio da Silva Quadros tomando posse em janeiro de 1961. Seu vice era João Belchior Marques Goulart que provocava nas formas armadas intenso repúdio, alegando ser o mesmo da ala comunista. Em 25 de agosto de 1961, sete meses após tomar posse, Jânio Quadros renuncia a seu mandato. Em verdade era uma tentativa de ‘golpe branco’, pretendendo que o Congresso lhe atribuísse forças extraordinárias para governar livremente. A pretensão foi desarticulada com a leitura do texto-renúncia no Congresso e Jânio saiu do país. Goulart foi impedido de assumir o cargo de presidente, e uma Junta Militar governou o país fazendo implantar o sistema parlamentarista, ficando Goulart como Presidente e Tancredo Neves como primeiro-ministro. Era uma democracia disfarçada. Em 1962 foi convocado um plebiscito sobre a manutenção do parlamentarismo ou o retorno ao presidencialismo para janeiro de 1963. O parlamentarismo foi rejeitado, em parte, graças a uma intensa campanha publicitária encetada pelo governo. 
A crise continuou e, em 31 de março de 1964 o presidente Goulart foi deposto pelos militares. Mais um golpe, forçando Goulart a se exilar no Uruguai, onde morreu aos 57 anos no dia 6 de dezembro de 1976. A causa da morte ainda é um segredo a ser descoberto, não faltando quem defenda e diz comprovar que o ex-presidente foi assassinado lentamente com uso de drogas (arsênico) colocadas em sua alimentação. Mais um atentado na vida histórica do Brasil. Mais um homem público brasileiro que em sua vida passou por inúmeras dificuldades, e só e tão somente, porque viveu e participou da vida política da inglória República.
A República passou a ter três mandatários com a posse dos militares em 1º de março de 1964. Como presidente militar assumiu o General Humberto de Alencar Castelo Branco, sendo homologado pelo Congresso Nacional sob força militar. Seu governo foi desenvolvido com mãos de ferro, perseguições políticas, cassações, pressões econômicas e supressão de direitos constitucionais. Governou até 1967, morrendo em acidente aéreo quando viajava no dia 18 de julho de 1967 para Fortaleza em um avião Piper Aztec PA-23. Um Caça T-33 da FAB, bateu no avião em que viajava o ex-presidente matando-o com outras pessoas. Sem sombra de dúvidas o ‘acidente’ se encaixa em mais um atentado político em nossa história republicana. Ele sabia demais ou precisava ser calado?
Substituiu Castelo o General Arthur da Costa e Silva empossado em 1967. Da mesma forma agiu como um verdadeiro déspota e fez crescer o rol de agressões às pessoas, às entidades, ao povo como um todo, governando com mãos de ferro, fazendo editarl o famoso AI-5, que lhe dava poderes para fechar o Congresso, cassar políticos e professores e nomear governadores e prefeitos. É sabido que costa e Silva pretendia devolver o poder aos civis e, estranhamente, em 1969 sofre uma trombose e é substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio Lyra Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Souza e Mello (Aeronáutica). Esta ‘manobra’, impediu a posse do vice civil (de fachada) Pedro Aleixo.  Sabe-se que Costa e Silva discordava dos demais militares e ameaçava romper com os caminhos da ‘revolução militar’, e, por isto, acabou tendo ‘ um acidente cerebral’. Mais um conjunto de atentados em nossa história republicana. Os próprios comandantes do país pelo caminho da força e das armas pareciam se desentender entre si, como soe acontecer em todos os movimentos autoritários.
Com o balanço do poder militar, é aprovado pelo Congresso o General Emílio Garrastazu Médici, cujo mandato, de 1969 a 1974, foi denominado ‘anos de chumbo’, período em que o Brasil e os brasileiros sofram submetidos a fortes pressões e perda dos direitos individuais e coletivos. A ditadura exercia, com Médici, força plena do poder militar. Foi desenvolvida no país uma espécie de propaganda patriótica do crescimento do Produto Interno Bruto e a este movimento se chamou milagre econômico, enquanto atentados de vários tipos e extensões eram praticados em todo o território nacional. A censura se tornou numa forma extraordinária de repressão.
Ernesto Geisel, General de Divisão, assume o poder em 1974. Avançando em direção a uma abertura política branda, revogou o AI-5 no final de 1979. Continuava,porém, a repressão, com acentuado número de atentados contra os direitos civis. É substituído por João Batista de Oliveira Figueiredo, que assume em 1978. Seu governo dura até 1985 quando é eleito por eleição indireta o civil Tancredo Neves, chegando ao fim o governo militar. O presidente Figueiredo se recusou a passar a faixa presidencial a seu sucessor, saindo pelas portas do fundo do Palácio. Foram vinte e um anos de dura experiência que nossa República viveu nos 96 anos desde a proclamação da República. Atentados, cassações, esbulhos, exílios, desaparecimento de pessoas, aposentadorias compulsórias, falsa propaganda de crescimento e arrochos econômicos ficaram como legados. Amarga experiência que o brasileiro deve sempre lembrar e todos os dias rememorar para que isto nunca mais aconteça em nosso país.
Parecia que a tragédia estava se afastando da vida dos brasileiros. Ledo engano de quem pensava assim, visto que em 15 de janeiro de 1985 o Congresso elegeu Tancredo Neves para ser o 35º presidente brasileiro. Dois dias antes Tancredo é internado com grave infecção intestinal – divertículo de Meckel’. Não há quem não atribua à doença repentina de Tancredo como um atentado. Os ‘donos’ do poder não admitiam ficar longe do mando. A agonia de Tancredo durou, sob encomenda, até dia 21 de abril numa interessante coincidência com o dia de Tiradentes. O corpo, sob processo de resfriamento térmico, só foi dado como morto neste dia. Mais uma vítima da República.
Para surpresa dos brasileiros assume dia 15 de março de 1985 o vice, José Sarney. Apesar de todas as manobras políticas Sarney saiu-se bem de seu governo, levando a termo a redemocratização do país, deixando uma nova constituição (1988), o Plano Cruzado e um mandato de cinco anos, apesar de altíssima inflação experimentada.
A loucura política continuava em busca de um pouco de paz, surgindo no caminho Fernando Collor de Melo, a grande ‘caçador de marajás’. Toma posse depois de uma campanha meteórica a 15 de março de 1990, eleito em segundo turno, vencendo o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva.
Collor baixou dezessete medidas provisórias de natureza econômica. Bloqueou por 18 meses todo o dinheiro existente nas contas correntes e na poupança dos brasileiros além de outras de cunho geral. O impacto foi violento. Reações surgiram em todo o território nacional. Denúncias de corrupção na própria família de Collor e seus assessores próximos acabaram por levar o país a uma revolta ímpar culminando com sua renúncia em 29 de dezembro de 1992 para evitar do ‘impeachment’. Estranhamente morreram o irmão do presidente, Pedro, a mãe, PC Farias, seu tesoureiro de campanha e sua namorada Susana Marcolino e outros ligados direta ou indiretamente a Collor. A maldição da República continuava a fazer vítimas.
Mais uma vez o vice presidente é chamado, e desta vez assume Itamar Franco em janeiro de 1992. Lança o Plano Real, que tem sucesso no combate à inflação que corroia as finanças dos brasileiros e do país, tendo como base de tal plano o seu ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso, um sociólogo por formação. Tanto o governo de Itamar como nos seguintes os atentados deixaram de acontecer de forma direta, não desaparecendo, porém, a figura do corvo em muitos focos nacionais, numa política do quanto pior melhor.
Assume Fernando Henrique Cardoso em 15 de março de 1995, e em razão de emenda à Constituição datada de 4 de junho de 1997, ficou facultado ao político com poder no executivo se candidatar a uma reeleição imediata. O jornalista Elio Gaspari escreveu em seu jornal que tal alteração constitucional equivalia ao 'Golpe da Maioridade', que levou em 1840 D. Pedro II ao trono. Denúncias de compra e venda de votos para aprovação da emenda inundaram os jornais, sendo que dois deputados foram expulsos da Câmara por tal comportamento. Continuava, portanto, os ‘cupins do poder’ a agir e a praga da corrupção passa a fazer parte dos noticiários e da própria história da famigerada República deflagrada em 1889. O Brasil, apesar de todas as amarras que lhe foram impingidas no transcorrer de sua história, em especial na fase republicana, não deixou de insistir no seu futuro artístico e cultural. Neste estudo relacionamos apenas ataques a governantes e ao poder, mas, existem milhares de brasileiros à margem de todo este processo que se tornaram  personagens indispensáveis para que o futuro possa ser alcançado. Aprendemos como agiram os Irmãos Andrada, sobre o movimento de Minas, com os inconfidentes; aprendemos com os enfrentadores da tirania como Vladimir Herzog, Fiel filho, como Leonel Brizola, Ulysses Guimarães, Miguel Arraes e uma enorme relação de brasileiros verdadeiros.
A oposição comandada pelo PT assumiu o poder em 15 de março de 2002 o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, reeleito em 2006 para um novo mandato. Novamente os jornais se escurecem com tantas denúncias de corrupção, de acobertamento por parte do governo de enormes roubalheiras dos cofres públicos. Já não se mata mais na política por meio de atentados, mas, continuam as ‘mortes’ por denúncias de má conduta, de desvios de verbas públicas, de dinheiro público usado para pagamento de propinas e uma série enorme de casos que assustam ao mais desvinculado de política.
Com enorme imposição pessoal e ‘cartucho’ político do presidente Lula, é eleita Dilma Roussef, uma ex-guerrilheira da época da repressão, como presidente do Brasil, iniciando seu mandato em 15 de março de 2012. Em poucos meses de mandato vários ministros tombaram sob pesada denúncia de corrupção, produto da mídia que tem fiscalizado de maneira ferrenha e diária todos os atos dos governos, em seus vários níveis, em especial o federal.
A República continua a caminhar esfarrapada e com dificuldade. Parece que o brasileiro não se dá bem com a democracia pura e limpa. Isto precisa mudar, e urgentemente.
Apesar de todos estes ‘descaminhos’, na fase mais moderna, o Brasil tem se destacado em sua parte cultural, notadamente nos anos 60 e 70. Os militares no poder perceberam que os movimentos culturais, em especial os festivais de música, destacavam-se músicas e músicos com trabalho que denunciavam a repressão, os anos de chumbo e os próprios governantes impostos. Destaques para Caetano Veloso, a Jovem Guarda, Vinicius, Juca Chaves, Chico Buarque, Gil, Rita Lee, o Tropicalismo e muitos outros. O cinema novo provocava os militares. Se não com armas, os jovens artistas da época usavam do que dispunham: letras provocativas ao regime, sons que levavam ao delírio e protestos generalizados. O exílio de muitos foi o prêmio. Com este instrumento os jovens da MPB, da beatlemania, do iê,iê,iê, de Erasmo Carlos, de Roberto Carlos, de Vanderléia, de Jerry Adriani, de Ronnie Von e tantos outros.
No teatro “Eles não usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, do musical ‘Opinião’, com Nara Leão cantando canções de protesto faziam sucesso e aqueciam a volta à democracia natural. O Teatro Oficina, criado em 1961, em São Paulo, por José Celso Martinez Correa se baseava em Brecht, encenando “Os Pequenos Burgueses”, de Gorki. Em 1968 foi montado “Roda Viva”, de Chico Buarque. Os militares no poder de verde ficavam vermelhos e mais perseguições, prisões, mortes e banimento. Caiam na armadilha e a cada dia mais difícil ficava manter o poder com ferro, chibata e cárceres.
Glauber Rocha foi uma espécie de mártir e transformou o cinema brasileiro em coisa nova, filmando “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, mostrando a história do cinema no Brasil, causando fortes impressões no Festival de Cannes em 1965. Terra em transe discutia a crise de consciência da esquerda e do populismo, gerando forte inspiração para o Tropicalismo. A revolução continuava feita pelos artistas, escritores, produtores de teatro, musicais e festivais, não do lado dos impositores do regime militar, mas do lado do povo oprimido que ansiava pela volta à liberdade de agir, de pensar, de votar e decidir os destinos do Brasil. O jornal “O Pasquim”, feito pelos humoristas e intelectuais Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil e Paulo Francis era um rastilho para a implosão do militarismo no Brasil.
A censura se instalou de forma definitiva com o decreto-lei 1.077, de janeiro de 1970 e se consolidou com a Lei de Imprensa, de 1967, com o AI-5, em 1968 e com a Lei de Segurança Nacional, de 1969. Censores ‘vigiavam’ editoras, jornais, rádios, TVs e tablóides de qualquer tipo ou espécie. Novelas foram vetadas, como ‘Roque Santeiro’, de Dias Gomes, na íntegra; ‘O Casarão”; “Selva de Pedra” e outras. Livros foram proibidos de circular e até o balé russo Bolshoi foi proibido de se apresentar no Brasil. Flávio Suplicy de Lacerda, ministro da Educação de Castelo Branco, como reitor da Universidade do Paraná, determinou que se arrancasse páginas que ele considerava ‘obscenas’, de obras de Émile Zola e Eça de Queiroz, proibindo a leitura de livros de Jorge amado, Graciliano Ramos, Jean-Paul Sartre e outros.
Os brasileiros não podem deixar de conhecer a história do Brasil, em seus detalhes e partes que foram modificadas ao sabor do governante de plantão. A História acontece e não pode ser escondida, modificada e transfigurada ao sabor do poder reinante, seja ele imposto ou democrático. Só conhecendo a história verdadeira é que o cidadão valorizará os feitos de seus homens ilustres e julgará os homens que não fizeram jus ao termo cidadão, em sua essência.
A censura só se apagou com a promulgação da Constituição de 1988, cujo arquiteto maior foi o deputado Ulysses Guimarães, misteriosamente morto em acidente com helicóptero em outubro de 1972 cujo corpo até hoje não foi encontrado.
Este foi um o último atentado da história da República.
Em busca de seu lugar no concerto das nações, Brasil continua avançando como país do terceiro milênio. Luta contra a devastação de suas terras; busca preservar o reino da biodiversidade; almeja se defender dos infernos urbanos onde atuam vários instrumentos cavando o caminho das drogas, da morte de jovens que poderiam se somar ao exército de brasileiros que almeja a paz e o desenvolvimento para todos. Buscamos o Brasil real
Superamos pesadas e cruéis batalhas e, agora, com um novo tempo pela frente, pensemos em continuar a escrever a história de nosso país sem atentados, sem mortes, sem usurpação do poder e sem corrupção.
Sonhar não é proibido. Proibido é proibir.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A MULHER NA ÍNDIA


A mulher é a eterna criatura que sofre os mais incríveis tipos de críticas, perseguições, humilhações e até a morte pelo simples fato de pertencer ao sexo feminino. Há situações que ultrapassam os limites da aceitação pura e simples por parte de qualquer tipo de cidadão, do menos ao mais elevado grau de instrução.
A Índia, em pleno século vinte e um, demonstra um grau elevadíssimo de maus tratos e humilhações impingidas à mulher. Apesar da legislação existente, e ‘ para inglês ver’, uma criança do sexo feminino é recebida com o mais estranho dos comportamentos, nunca comparáveis aos demonstrativos de sentimento e proteção que os animais devotam a seus filhos ou filhotes, seja de que sexo for. O nascimento de uma menina representa um grande mal para a família. Um casal que tem uma filha é visto como aquele casal que merece o castigo de Deus. As crianças nascidas do sexo feminino são maltratadas e humilhadas de forma pública. Representam um pesadíssimo encargo financeiro, visto que, para se casar, a família terá de pagar um dote ao futuro marido, um valor em dinheiro e bens que tornam a família da menina inadimplente frente a seus encargos.
Um ser nascido mulher representa uma alma pecadora que insiste em vir à Terra.
Nascida menina, recebe por parte da família nomes humilhantes e pejorativos. São vendidas pelos pais em casamentos arranjados com adultos com idade de três anos, num verdadeiro festival de pedofilia. No lar, as meninas comem as sobras, apenas as sobras. As estatísticas registram um pequeno número de nascimentos femininos, visto que, descoberto o sexo, o feto poderá ser abortado e eliminado sem nenhum constrangimento, culpa ou crime. Os maridos costumam matar as esposas para que, na qualidade de viúvos, possam casar novamente e enriquecer suas famílias. Estes assassinatos são encobertos e praticamente nunca aparecem nos registros oficiais.
Existem escolas só para meninas. Nestas, o tratamento é infamante. As meninas são desnutridas e a morte de muitas é coisa ‘normal’. A mulher só serve para procriar filhos homens e exercitarem serviços escravos no lar. As mulheres velhas são queimadas, esfoladas vivas em rituais que causam revoltas públicas, mas que acabam ficando como ‘normais’. As mulheres recorrem ao suicídio ou se enforcam quando não conseguem casamentos. Participam destes ‘festivais de horrores’, o marido, a sogra e os familiares da menina ou da mulher. A viúva normalmente é queimada junto com o esposo numa cerimônia chamada ‘Sati’. Elas preferem morrer assim a continuar vivas e sob a perseguição de todos os familiares e a própria comunidade como um todo.
Os meninos são alimentados com garantia de ótima saúde, pois, são produtos de lucro certo no casamento, dando às suas famílias situação financeira confortável. Nascer do sexo masculino é garantia de uma vida plena, cheia de atenções da família e de todos. Nascer mulher é uma desgraça para todos, em especial para a família, que, para ver a filha casada, terá de dispor de todos s seus bens e até se tornar ‘servos’ da família do marido ou esposo escolhido. Os séculos rolaram na esteira do tempo, mas, na prática, quase nada mudou.
Este o mundo que vivemos hoje. A Índia não é apenas uma exceção, pelo contrário, são muitos os países que assim agem, com mais ou menos violência contra a mulher, já ‘desgraçadamente culpada’, quer na bíblia quer em outros livros sagrados.
E o ser humano se diz filho de Deus!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ODE À MINHA IRMÃ OLIDIA CAPRIO LIEVANA




*  02.07.1930
      +  27.11.2011.

Faleceu no dia 27 de novembro a senhora OLIDIA CAPRIO LIEVANA, aos 81 anos de idade. O sepultamento se deu no cemitério central no mesmo dia, às 19:00 horas.
OLÍDIA ou simplesmente Lídia era uma italiana de olhos verdes, penetrantes, morena e que amava vida, os filhos, os netos, a família como um todo e aos amigos, que eram muitos. Suas plantas eram seus amores. Brotavam como que tentando afagar as mãos da amiga. Perguntavam: o que você põe nestas plantas para que fiquem tão bonitas? Ela respondia orgulhosa: amor.
Seus crochês deslumbravam a todos. Mãos benditas e artesãs para fazer o mundo e as pessoas mais bonitas. Na cozinha era mestra. Os alimentos pareciam ganhar vida sob sua batuta. À mesa todos se encantavam com o sabor, a beleza dos pratos e a felicidade dela em servir a todos.
Ela se foi contra nossa vontade. Cumpriu seu ciclo de vida. Até os últimos momentos renegava a morte e desejava viver. Os desígnios do Criador foram cumpridos e ficamos sem sua presença amiga, fraterna, e como  esposa, companheira, mãe, irmã, tia,  avó e bisavó.
Ela se foi, como todos nós um dia iremos. Mas, há seres que fazem falta, que são insubstituíveis. Dona Lídia era uma destas raras criaturas.



ACRÓSTICO ESPECIAL

Olidia se foi !
Linda italiana de olhos verdes
Irradiando alegria, fraternidade e amor.
Diante do Criador deve estar agora.
Indo, deixou-nos entristecidos
Além de um vazio na alma e coração.


Com sua partida compulsória
A irmã, esposa, mãe, tia, avó e bisavó
Participa agora dos eleitos de Deus.
Rogai por nós, mãe Lídia.
Interceda por um mundo melhor
Onde quer que esteja, seja feliz.

Linda em corpo e alma
Irradiando sempre alegria e paz
Ela sempre estava sorrindo,
Velando pela família, pelos amigos,
Adiantando-se no conforto,
Nas palavras e atos constantes.
A Deus, rogamos por sua paz.