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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UMA BOMBA PRESTES A EXPLODIR


            A questão da movimentação de migrantes pelo Brasil em busca de emprego tem provocado uma enorme gama de problemas de natureza social, educacional e até da existência real de muitas crianças, sem registro de nascimento.
            Houve tempo em que registrar um filho era geração de despesa, o que não ocorre mais, pelo menos depois da vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente e leis complementares. Hoje o trabalho cartorário é gratuito e exigido por parte da família, que pode até ser responsabilizada em caso do não registro da criança.
            O que vemos, porém, e está escapando dos registros oficiais, é a incidência de gravidez em ‘meninas’ com menos de doze anos de idade, portanto, crianças nos termos da lei. ‘Mocinhas’, maiores de 12 e menores de 18 incham as estatísticas de gravidez precoce. Acima de 18 a coisa ganha cenário espacial.
            O que precisa ser visto é que, na gravidez provocada pelos migrantes, que apenas ficam ‘juntos’, em termos de casal, por necessidade um do outro ou de ambos, são dependentes de tudo, inclusive da sorte de manterem o emprego. A dissolução da associação é totalmente incontrolável, imprevisível.  Deu crise, o pai ‘some’ e ficam a ‘companheira’ e a prole ao ‘deus dará’ e sob a responsabilidade do poder público.
            Em termos sociais, a médio e a longo prazo, uma das situações mais alarmantes, é o caso de criança com registro apenas em nome da mãe, ou se no nome de ambos os cônjuges, sem casamento, que também não garante nenhum tipo de acompanhamento familiar. Esta criança ou crianças, em nossa região, que já chegando à casa dos 12 anos, que garantia tem de um amanhã seguro, e, o que é pior: o que será dela nos próximos anos?
            O pai migrante desaparece ao sabor da necessidade das empresas e de serviço. Sem emprego voa atrás de outras oportunidades e ficam os rebentos aos cuidados sabe lá de quem. Não se espante o leitor com o aumento das estatísticas de menores na trilha das drogas. A origem do alastramento desta praga está ficando clara e o resultado, alarmante.
            Alerta às cidades que registram migrantes em suas estatísticas. Atenção senhores responsáveis pela educação em geral. Senhores gestores municipais.  Esta questão tende a se avolumar com o passar dos anos e, dentro de dez anos, e não mais do que isto, acontecerá a explosão deste processo e não será nada de bom que está por vir, e o que é pior, virá, está vindo, e com  força assemelhada a um tornado.

domingo, 13 de novembro de 2011

EVASÃO ESCOLAR - PROBLEMA DE TODOS NÓS.

           

           Houve tempo em que a escola era o ‘templo do saber’. Era a porta de entrada do futuro. Era o passaporte da esperança de um mundo melhor e de uma sociedade consciente de seu importante papel no contexto social como um todo. Estar na escola era estar no mundo.
O que será que mudou nestes últimos anos? Quem mudou, a escola, o aluno, a sociedade ou ninguém mudou nada?
A escola foi elitista, bem o sabemos, em especial até a década de 60. Era exclusiva, afirmam alguns pedagogos de bonde com o trem da mudança necessária. Hoje é inclusiva e a isto chamam de modernismo necessário e pedagogicamente correto. “Antes” a escola era para poucos, hoje é para todos. A inclusão, com seus exageros acobertados por uma capa de modernidade, leva para a escola alunos com todas as dificuldades físicas, psicológicas, neurológicas e o professor é o grande amortecedor de todos estes problemas, o verdadeiro ‘saco de pancadas’, o grande responsável por todas as mazelas educacionais que brotam todos os dias dos cérebros dos dirigentes instalados nos elevados postos da educação em todos os municípios, estados e país. O cipoal legislativo é assustador.
A lei maior e todos os sucedâneos nos graus menores, determina que os responsáveis pela educação são a família, o estado e a escola.  É público que os fracassos escolares são de responsabilidade da família, do estado e da escola. Em alguns momentos colocam o estado na ponta das críticas, mas na grande maioria dos textos legais aparece como base a família. O aluno nem é lembrado, já que ele é a “razão e a causa” de tudo. O elenco de responsáveis pela evasão escolar deságua na diferenças de classes, na desnutrição pregressa, no trabalho, na gravidez precoce e por último e fortemente acelerador, nas drogas. Os fatores internos, como a não valorização do aluno pela escola no universo cultural do aluno, e nos fatores externos o trabalho e a necessidade de ‘ajuda no orçamento doméstico’, incham ainda mais as estatísticas da evasão.
Há pedagogos que proclamam aos quatro cantos educacionais que o desinteresse do aluno pela escola se alicerça na falta de atrativos escolares, como se a escola tivesse de ser um circo onde todos os espetáculos devem ser diferentes e motivadores, e o professor, o ‘grande artista’, o ‘grande astro’.
Balela. O aluno está se afastando da escola porque existem outros atrativos ‘lá fora’ fortes, bem próximos e muitas vezes na porta da sala de aula ou no portão da escola. Mulas ganham muito bem para fazer da escola um péssimo lugar, a não ser para a distribuição dos produtos que oferecem e sustentam o vício de uma larga e crescente clientela.
O professor tem de cumprir a programação escolar. É cobrado pelo coordenador que por sua vez é cobrado pelo diretor, que é cobrado pela Diretoria de Ensino e esta pela Secretaria da Educação, e o que é pior, esta pelos índices estatísticos que devem ser mostrados ao mundo.
Neste ‘baile’ sem maestro e com conhecidos músicos, a escola se torna chata, sem atrativos, sem propósitos e o que é pior, sem apoio da própria família que deveria ser a regente de todo este concerto.  Como aperitivo temos a promoção continuada, as reclassificações, os teatros dos conselhos de classe e ao final, a grande vilã, inverso de tempos atrás, a escola.  
É preciso mudar tudo neste tabuleiro chamado educação. Por onde começar, a quem cabe iniciar este processo, o que fazer?
De nada adianta caçar as bruxas. Isto não levará a nada e a nenhum lugar.
Todos devem agir e só com uma  profunda revolução educacional se poderá pensar em termos de futuro para este país. 
Tempo confuso, este que vivemos.