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quarta-feira, 27 de abril de 2011

ANTONIO CAPRIO é o novo Presidente do IHGG Rio Preto

No dia 16/04/2011, às 10h00, na sede da ACIRP de São José do Rio Preto/SP, situada na Rua Silva Jardim, 3099, ocorreu a Assembléia Ordinária para eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal do IHGG para o triênio 2011/2014, bem como o Conselho Editorial e o corpo de Diretores Administrativos. 

A nova gestão tem como Presidente o Prof. Dr. Antonio Caprio.



Veja fotos:


Antonio Caprio em discurso de posse no IHGG Rio Preto

Antonio Caprio em discurso de posse no IHGG Rio Preto

Antonio Caprio em discurso de posse no IHGG Rio Preto

Antonio Caprio e toda Diretoria empossada


Antonio Caprio e Antonio Florido

Rafael Caprio e Alexandre Caprio, Diretores do IHGG






POR QUE SERÁ QUE AS COISAS ACONTECEM ?



            A Igreja, mentora e depositária do conhecimento humano até bem pouco tempo, historicamente falando, sustentava que a Terra era o centro do Universo. O planeta azul era a jóia central da Criação e tudo girava em torno dele. Os astrônomos a serviço da Igreja admitiam a tese geocêntrica, indo de encontro à tese de Cláudio Ptolomeu, publicada em seu livro ‘Almagesto’, no século II, com treze volumes. Tais idéias eram seguidas por Platão e Aristóteles no século IV a.C. Ainda o século IV, Filolau de Crotona ensinava que a Terra girava em torno de seu eixo imaginário, no que era apoiado por Heráclides e Nicetas, bem como Aristarco de Samos, expoentes da filosofia e da nascente astronomia.

Nicolau Copérnico (1473-1543), nascido em 19 de fevereiro  em Torum, Polônia, lança o livro “ De revolutionibus orbium coelestiuym ”– Sobre as revoluções das esferas celestes – que foi publicado em 1543, no mesmo ano de sua morte. Escapou da Inquisição com este procedimento. Tycho Brahe (1546-1601), astrônomo dinamarquês revolucionou o mundo da astronomia e, a cada dia, o assunto escapava das mãos inquisitoriais para ganhar foros de ciência livre.
René Descartes, nascido em 31 de março de 1596, em La Haye, França e morto em 11 de fevereiro (1596-1650) fez pesquisas sobre a rotação da Terra, mas não tirou conclusões reais. Fugiu das perseguições da Inquisição.
Johannes Kepler (1571-1630) foi auxiliar de Brahe, sendo o criador de  leis  físicas que são atualmente usadas pela NASA e relacionadas às viagens espaciais.  Definiu e comprovou a órbita elíptica (e não circular) dos planetas e isto revolucionou o mundo da astronomia e da física. Isaac Newton, nascido em  Woolsthorpe, Inglaterra, em 25 de dezembro de 1642( quando morria Galileu), comprova a leis de Kepler. Cria o cálculo infinitesimal para comprovar suas teorias. (também criado por Leibnitz simultaneamente). Era modesto, afirmando que “ se enxerguei além dos outros é porque estava no ombro de gigantes”, se referindo a Descartes, Keppler e Galileu).
            Suas descobertas comprovaram que a Terra girava em torno de um eixo imaginário e orbitava ao redor do Sol. Entendia que objetos em queda mostrariam desvio sistemático para leste da vertical indicando a rotação da Terra. Esta proposta era teórica e não conseguiu ele comprová-la. Galileu  Galilei chegou próximo disso um século mais tarde( 1700) e  é condenado pela mesma razão. Descobriu em 7 de janeiro de 1610 os satélites de Júpiter, com seu recém criado telescópio. Foi o primeiro cientista a estudar o pêndulo (criou relógios precisos com este mecanismo).
  Outros cientistas como Giambattista Guglielmini (1764-1817), Johann Friederich Benzenberg (1777-1846), Hoinrich Olbers (1758-1840), Carl Friedrich Gauss (1777-1855), Pierre-Simon de Laplace (1749-1827) se aproximaram desta prova, sem, contudo, alcançarem êxito. A comprovação do movimento de rotação da Terra parecia simples nos cálculos matemáticos, mas na prática, isto se mostrava impossível.
Esta comprovação só viria a acontecer no ano de 1871. As teses sustentavam que a Terra girava, mas não havia provas disso. Os conhecimentos se acumulavam no transcorrer do século XVIII. Prova cabal da rotação da Terra, nenhuma.
            A humanidade evolui através de luzes que nascem sobre a superfície do planeta em seus mais variados pontos. A grande maioria alça vôo alto e todo o planeta percebe sua presença e se beneficia de seu conhecimento. Assim é em todos os campos do saber humano. A Igreja estava perdendo a batalha com sua velha bandeira da ignorância e  agora se mostrava aberta a possíveis e emergentes mudanças. O Século XIX seria o palco das grandes mudanças no campo da astronomia e outras áreas.
             James Watt (1736-1819) desenvolve  a máquina a vapor (1761) que viria mudar o contexto mundial das ciências. Aperfeiçoa trabalho de Thomas Newcomen (1663-1729). Henry Bassemer (1813-1898) inventa o aço, fazendo florescer a produção de máquinas e armas. Marc Brunet (1769-1849) cria o torno, esculpindo o aço e outros produtos. Michael Faraday (1791-1867) estabelece os princípios da indução eletromagnética fazendo nascer a energia elétrica, conhecimento que fez o mundo mudar a partir de 1900. Em 1837, William Cooke (1806-1879) e Charles Wheatstone (1802-1875, no Reino Unido, criam o telégrafo com cinco agulhas. Em 1845, Allen B.Wilson (1824-1888) cria a máquina de costura, que revolucionou a indústria de confecções. O leque de conquistas fez o mundo mudar de forma ampla a partir de 1800 sendo considerado o ano do nascimento da evolução real da humanidade.
              Jean Bernard Leon Foucault , nascido em Paris no dia 18 de setembro de 1819,  descobre mecanismo para medir a rotação da Terra em 06 de janeiro de 1851. Tinha 32 anos de idade. Não tinha mais, neste tempo, o peso da Inquisição a impedir a evolução do conhecimento.  O Século XIX seria o palco das grandes mudanças no campo da astronomia e outras áreas. Os cientistas que morreram por desejarem ensinar ao homem os segredos dos movimentos da Terra e outros astros  tiveram seus sonhos tornados realidade. O velho pêndulo de Galilei voltava em cena, e desta vez como o instrumento maior da prova da rotação da Terra.
 No dia 3 de fevereiro de 1851. Foucault expos um enorme pêndulo preso a uma longa linha ao ponto mais alto da torre do observatório. No chão, um enorme tecido branco que iria registrar os movimentos do pêndulo livre de todas as interferências mecânicas do local. Exibição foi pública ao mundo científico da época.  O local  a Sala do Meridiano (Salle Cassini), Observatório de Paris. O Pêndulo funcionou maravilhosamente e comprovou, de forma clara e simples,  o movimento de rotação da Terra. O mundo científico da época se curvou à demonstração de Foucault. Galileu tinha razão quando afirmou frente a seus algozes:  que ela se move, isto se move.
             Foucault foi reconhecido como Doutor em ciências pelos estudos da velocidade da luz no ar e na água. Teve vários trabalhos reconhecidos na área da física, dentre eles o giroscópio. Em 1862 recebeu o título de Oficial da Legião de Hora da Academia de Ciências da França. Em 1867 começam sinais de sua debilidade física. Em 11 de fevereiro de 1868, aos 49 anos, morre.
             Foucault foi contemporâneo de vários cientistas que se destacaram nas várias áreas do conhecimento humano como Giovanni Domenico Cassini (1625-1712), François Arago (1756-1853) responsável pela medição do Meridiano de Paris, Adriem M.Legendre (1752-1833) Gaspard Monge (1746-1818), Jean-Baptiste Biot (1774-1862), Joseph Louis Gay-Lussac (1778-1850), Pierre Mechain (1744-1804), Gaspard-Gustave Coriolis (1792-1843, descobridor do Efeito Coriolis, coadjuvante nas pesquisas de Foucault. O grande protetor de Foucault foi o Imperador Luis Napoleão Bonaparte III.
            O triunfo de Foucault foi o triunfo da mente humana. É uma vitória total do conhecimento contra a ignorância. Seu nome foi perpetuado de várias formas, inclusive em cratera na Lua, denominada Cratera Léon Foucault.
           É assim que as coisas acontecem. Elas simplesmente acontecem. Pode se matar quem tem idéias, mas matar idéias é impossível. As idéias germinam e mais fortes ainda quando são combatidas.
            Este o retrato de como as coisas acontecem. E acontecem...
            Por que será?

                
         

quinta-feira, 21 de abril de 2011

IHGG-Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Rio Preto

No dia 16/04/2011, às 10h00, na sede da ACIRP de São José do Rio Preto/SP, situada na Rua Silva Jardim, 3099, ocorreu a Assembléia Ordinária para eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal do IHGG para o triênio 2011/2014, bem como o Conselho Editorial e o corpo de Diretores Administrativos. 


O Prof. Antonio Caprio é o novo Presidente do IHGG.




segunda-feira, 11 de abril de 2011

QUEM PODE JOGAR A PRIMEIRA PEDRA?

          
          O ser humano, e também o brasileiro de uma forma geral, parece ter vocação para desastres e noticias ruins. Basta um fato se registrar envolvendo mortes, catástrofes ou mesmo noticias menos dramáticas, que todos se postam diante do televisor para saber das últimas, parecendo querer absorver aquelas forças negativas e, o que é pior, ter de tolerar as perguntas cretinas dos repórteres e a insistência da repetição de cenas de dor e violência à exaustão.
            É impressionante como a grande maioria dos reportes e âncoras de programas televisivos se mostram vampirescos, negativos, sorvedores de energia negativa emanada do fato em andamento, como que atingindo êxtases através da dor e do sofrimento das vítimas envolvidas no evento.  É impressionante como a mídia insere na cabeça do público em geral quem é o grande culpado, o grande responsável pela dor e pelo desespero, indiciando, condenando e matando o possível autor do fato de forma antecipada e sem defesa.
            É claro que o autor da chacina do Rio de Janeiro é culpado. Não há dúvidas da culpabilidade do mesmo. Mas, será que é preciso tanta força na caça às bruxas como está se fazendo no presente caso e em casos assemelhados? Será preciso tanta violência dirigida e organizada contra este ou aquele que está envolvido na autoria dos fatos?  Será necessária tanta fúria para justificar um crime ou uma ação condenável cometida por um cidadão, um membro da sociedade humana, de uma comunidade?
            Quem é este jovem envolvido na chacina? Alguém sabia da existência dele antes? Não será ele produto desta apatia social que ai está, onde um jovem com vinte e poucos anos se vê sozinho entre seus semelhantes e jamais irmãos ou coisa parecida, não tendo a quem pedir um conselho, um socorro ou mesmo uma ajuda para poder pensar no que fazer?  Não será ele, primeiramente, a grande vítima deste rumoroso processo?
            A religião é um ópio, bem o sabemos, mas ela pode evitar isto e muito mais. A religiosidade conturba em muitos casos, mas neste poderia ter sido a solução, mesmo com as garras com que muitas igrejas escravizam seus membros. Mesmo assim acaba sendo válida a vinculação a esta ou aquela religião. Pelo menos o jovem do presente caso, caso estivesse agregado a uma religião, estaria inserido num grupo, num conjunto de semelhantes com as mesmas dificuldades e se ajudando mutuamente a vencer ou ser ajudado  nesta perigosa selva social em que nos vemos envolvidos diuturnamente.
            O episódio não foi o único nem será o último. Que a sociedade aprenda com esta forte dose de dor e assista seus membros com mais amor no coração e que estendam a mão a muitos outros que estão na mesma situação e que poderão não ter a quem pedir ajuda antes que façam o pior ou se matem.
Alerta, caros ‘seres humanos’!

domingo, 3 de abril de 2011

SOS EDUCAÇÃO

                       A educação pública (e a particular, em quase cem por cento) parece ter chegado ao fundo do poço, embora já venha dizendo isto há mais de vinte anos e principalmente desde quando a parafernália de invenções didático-pedagógicas começou a tomar conta da cúpula responsável pela educação nacional e estadual (paulista). Parece que cada governo disputa com os anteriores quem fica com a taça de maior criador de decretos, portarias, resoluções e até leis no campo educacional, enquanto, na prática, o atual grupo político no poder paulista ergue a taça da criatividade inócua e porque não dizer burra. Quero deixar claro que não estou feliz com a derrocada da educação, pelo contrário, muito pelo contrário.
            O Idesp- Índice de Desenvolvimento Educacional do Estado de São Paulo é um indicador da qualidade das séries iniciais (1ª à 4ª iniciais e das finais – 5ª à 8ª e agora 9ª).  Baseia-se nos exames do Saresp e no fluxo escolar. O Saresp é o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar, que envolve o ensino e a família e gestores escolares, bem como o ensino médio(3ª série). O ano de 2010 apresentou alguma melhoria nos rendimentos escolares, apesar da propaganda enganosa veiculada pela mídia,mas, ainda, indica que estamos muito aquém do mínimo ideal, bastando-se analisar o resultado onde 92% das escolas da antiga oitava série está praticamente reprovada em sua missão de ensinar.Uma escola na região alcançou 6,0 no ensino fundamental e uma 5,25 no ensino médio. As demais praticamente alcançam 3, ou décimos a mais na escala até 10,0.
            O cúmulo acontece: atrelam o bônus do professor ao desempenho da escola. Será que precisa perguntar o que acontece com este sistema medíocre e claramente gerador de falsidade ideológica?
            Sou da época do exame de admissão para a matrícula na quinta série. A coisa era pra valer. As provas vinham da secretaria da educação lacradas e o aluno era submetido a um ‘vestibular sério’. Eram examinados alunos e professores. Se uma série ou classe não ia bem, ficava claro que o professor não cumpriu seu trabalho e não ensinou como devia respeitadas as situações extraordinárias.  Não se pensava em reforço nem em aprovação continuada ou automática. Passava quem sabia de fato e a média era sete (7,0). E não 5,0(cinco) como atualmente. O castigo físico era presente, não discutindo aqui se ele era correto ou não, mas o que se sabe é que a coisa funcionava mesmo. Hoje dizem: o sistema era bom, mas excludente. Havia muitos alunos fora da escola. Balela. Estava na escola quem queria estudar e tinha por trás uma família verdadeiramente interessada na educação dos filhos.A inclusão escolar como está  é outra coisa perigosa.
            A indústria da criatividade continua a todo o vapor. Alegando cumprir a LDB, os gênios educacionais implantaram a progressão continuada, produto da Deliberação CEE 09/97. Filosoficamente lindo o seu conteúdo, mas não para a escola brasileira. Atrelada a esta ‘maravilha’ está o sistema de ciclos. Um terremoto nunca vem sozinho. De continuada se tornou automática, de automática num verdadeiro tsunami envolvendo milhares de seres em formação transformando-os em vítimas da mesma forma como aqueles contaminados pela irradiação atômica sem controle. Morrerão assim sem cura e sem retorno à normalidade mínima no direito de ler, escrever, pensar e representar o que pensam pela escrita ou pela matemática.
            Exercitando a ‘sanha’ em modernizar e gerar estatísticas favoráveis, implantou--se o processo da reclassificação (Res. SE 20/98). Outra pérola inserida no contexto. Mais uma chibatada nas costas do aluno e, por conseguinte, do professor e da educação como um todo. A reclassificação é um mecanismo que consiste em rever e alterar a classificação do aluno, matriculando-o ou transferindo-o para a série mais avançada em relação à anteriormente cursada, observando-se a correspondência idade/série. Mais uma vez a Lei de Diretrizes e Bases (9294/96) é invocada e aplicada a bel prazer. O mecanismo pretendia adequar um aluno à realidade dele, ou seja, tem idade e CONHECIMENTO comprovado vai para a série seguinte mediante avaliação séria; não tendo, pode VOLTAR, como uma espécie de correção de erro passado. A coisa na prática NÃO é assim. As  escolas, mesmo sem previsão regimental, montam processo irreal de provinhas com cartas marcadas e empurram o aluno para a série seguinte e o resto que se dane. Os professores SÃO OBRIGADOS a assinar e dar as notas necessárias. Falta ética, falta seriedade, falta tudo, sobrando a falsidade ideológica que se mostrar latente e perigosa, em especial por quem propõe, por quem participa e pela família que acaba concordando, quando ela que deveria requerer, se o aluno tivesse mesmo condições de galgar série seguinte e corrigir a rota educacional.A reclassificação teve como base uma idéia aceitável, mas na prática se tornou em mais um elo nesta falida massa educacional.
            Os cidadãos, a escola, a família, a sociedade, as autoridades envolvidas no processo educacional, como atores perfeitos, demonstram publicamente perplexidade diante dos índices. Mostram-se surpresos, quando sabem que a coisa ainda está muito mais séria do que se publica.  E o que se faz para se barrar este processo canceroso da decadência educacional em nossas escolas? Quem pagará pela má formação deste exército de crianças que amanhã serão os cidadãos responsáveis por este país? Que futuro nos aguarda comandados por pessoas assim formadas?
            Destaquei três pontos que tornaram o processo educacional num paciente em fase terminal: progressão continuada, promoção automática e reclassificação. São muitos os outros que estão em processo de contaminação grave contra o educando. Não se pode deixar de lado a má formação do professor. Ser professor é um ministério. Deve haver amor pelo que se faz, dedicação e doação em favor do ser em formação que está diante e dependente do profissional da educação. Não se pode fazer do magistério uma função porque não se consegue fazer outra coisa. Isto se agrega ao tumor em formação e o torna maior e mais perigoso ainda.
            Economistas acharam  um meio de minorar a questão inflacionária no país. Será que não vem nunca uma proposta que transforme a educação brasileira em uma esperança, em um novo tempo e naquilo que ela realmente deve ser?