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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

FAMÍLIA, ESCOLA E SOCIEDADE



         Nossos dicionários definem família como ‘pessoas aparentadas que vivem na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. Pessoas do mesmo sangue, origem, ascendência. O conjunto dos caracteres ou dos tipos com o mesmo desenho básico’. (Mini-Aurélio,p.322). O ser humano começa na família. É na família que a criança seleciona seus valores. É na família que nasce a personalidade. É na família que se forja o cidadão. Do alto de sua experiência Pitágoras exclamava já no seu tempo: “Educa as crianças e não será preciso castigar os homens”.
         Escola, ‘estabelecimento público ou privado onde se ministra ensino coletivo. Alunos, professores e pessoas duma escola’. M. (Aurélio, pg.281). Lugar onde se transmite conhecimentos. Casa de formação cultural.
         Sociedade: ‘agrupamento de seres que vivem em estado gregário. Grupo de indivíduos que vivem por conta própria sob normas comuns. Comunidade’. (M.Aurélio, p.642).
         De posse destas três definições, o que dizer sobre o elemento vital do trio, o ser humano?  É o ser humano um animal que não sabe (e não pode) viver sozinho e que só sobrevive até doze anos sob total proteção dos seus ascendentes: os pais. Sob a ótica do direito até esta idade é uma criança. Sua tutela está totalmente sob a orientação, educação, preparo e estruturação da família. A família é a forja e seus membros,sendo equivalente ao martelo que molda o ferro em brasa. Trabalhando forte e continuamente este ferro se alcança o modelo desejado.
         É no seio familiar que a criança se torna num adolescente e de adolescente em adulto. Nos modelos que vê, vivência e prática, nascem dentro de casa, em torno de uma mesa de refeições, no quarto de dormir, na sala de visitas, na cozinha, na varanda e desembocam na rua, o grande ponto de interrogação que aflige a todos os pais e, mais modernamente, a sociedade como um todo.  Da rua chegam à escola, onde deveriam colocar em prática tudo o que foi aprendido no seio familiar e, em seqüência, adquirir informações culturais que levariam este ser à fase de cidadão em formação plena. Usei os verbos ‘deveriam ‘ e ‘levariam’ indicando que isto não mais acontece, sob nenhuma forma ou roupagem, neste estranho tempo dito moderno, ressalvados os casos excepcionais onde a família ainda está presente e em ação.
          A educação é dever da família e do Estado, visando o desenvolvimento pleno do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 2º da Lei 9.394, de 20.12.96). Letra morta, infelizmente, em extraordinário grau. A família e a escola deveriam ser parceiras, sócias interessadas no processo e, sob nenhuma forma, admitir desvios ou insucessos em nenhum dos lados. Falhando uma ou ambas, como infelizmente está acontecendo, a sociedade pagará, como já paga, altíssimo preço. Pais têm medo dos filhos. Filhos enfrentam os pais. A escola já não mais informa como deveria tendo que suprir a falha da família a quem caberia educar. Como conseqüência, nem educa nem informa. O barril de pólvora é o educando, o futuro cidadão que sairá desta forja com sérios defeitos, partindo para uma luta de peito aberto contra a sociedade, a própria família e a escola. O caos se instala e o futuro se torna bastante temeroso.
         Os limites são instrumentos básicos em todos os processos, sejam eles educacionais ou nas várias áreas do conhecimento humano. Perdidos estes limites pouca coisa se poderá fazer. O afeto é insubstituível na formação do ser humano e ele está se tornando ausente na família e, por conseguinte, na escola e por conseguinte nos demais segmentos sociais. O resultado disto será um adulto vazio, frustrado com a vida e com a sociedade e, neste instante, nasce a delinqüência como forma de enfrentamento, o único instrumento que o educando, o ser em formação, tem para usar e usa magistralmente. As drogas se tornam no elemento explosivo de todo este sistema que, como um homem bomba, vai explodir e alcançar negativamente todo o corpo social.
         Sinal vermelho neste perigoso entroncamento: educando, escola, sociedade.
         Alerta !

2 comentários:

  1. Excelente, pai! Infelzimente, ja vi isso acontecer com muitos dos meus amigos de infância. Ótimo texto, parabéns. Abraço!

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  2. Parabéns pelo texto Cáprio. Realmente está cada dia mais difícil a educação no Brasil, o que vejo é que a cada dia professores novatos desistem da profissão. Como será daqui a alguns anos, será que teremos professores?????

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